O Palito de Fósforo e o Barril de Pólvora
Você já observou, presenciou ou até vivenciou cenas em que, diante de algo muito simples, insignificante, as pessoas agem de uma forma tremendamente desproporcional ao fato?

O que leva uma pessoa a ter explosões emocionais violentas, às vezes até trágicas, diante de pequenos fatos, pequenos acontecimentos?
Se isso já aconteceu com você ou com outra pessoa, há que se fazer a seguinte pergunta: O que há com essa pessoa que é levada a tal destempero, a tal descontrole e, em seguida se arrepende amargamente do que acabou de fazer?
A desproporcionalidade de comportamento é um sintoma a ser levado muito a sério, pois indica haver algo muito importante e urgente a ser tratado na pessoa.
O que é um palito de fósforo? É algo pequeno, sem grande valor ou importância. Mas, é o que ateia fogo no barril de pólvora.
Isso quer dizer que a pessoa tem uma programação mental de muita dor, de dor na alma a ser curada, um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer momento.
Essa reação não é voluntária ou decidida pela pessoa conscientemente, é uma força maior que ela, que a leva a esse comportamento e isso é importante compreender. A pessoa não é culpada. Não podemos julgar a pessoa por esse ato, precisamos separar a pessoa do ato atrapalhado. Não quer dizer que ela não deva ser responsabilizada pelo comportamento exagerado, mas entender o que há além daquela pessoa, muitas vezes dócil, amorosa e carinhosa, é fundamental até para poder ajuda-la.
Portanto, pessoas que tem esse comportamento recorrente, precisam de um tratamento terapêutico, pois, se o indivíduo sufoca, reprime o sentimento por esforço racional, pode ocorrer uma psicossomatização e desenvolver inclusive doenças graves como câncer, enfarto e outros problemas, ou seja, quando não explode e agride, implode.
É importante então, compreender-se e compreender o outro sem julgar ou condenar, pois, a pessoa é vítima de programações atrapalhadas que, por insegurança, desencadeia a agressão ou a explosão, decorrentes de alguma ameaça percebida pelo subconsciente, com base em experiências de risco que a pessoa passou quando ainda bebê no período da estruturação da personalidade.
E é por isso que algumas das programações negativas herdadas desde a concepção levam a comprometer muitos relacionamentos já que as pessoas envolvidas, não sabem como funciona a mente, especialmente a mente subconsciente que atua de forma autônoma, automática e independente do consciente e é dela que emanam as emoções e os comportamentos.
Como dizia Sto Agostinho, odeie o pecado, mas ame o pecador. Ninguém é mau porque quer ser mau, ninguém falha porque quer falhar.